segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Teoria das Inteligências Multiplas e a Educação

Teoria das Inteligências Múltiplas e a Educação
As implicações da teoria de Gardner para a educação são claras quando se analisa a importância dada às diversas formas de pensamento, aos estágios de desenvolvimento das várias inteligências e à relação existente entre estes estágios, a aquisição de conhecimento e a cultura.
A teoria de Gardner apresenta alternativas para algumas práticas educacionais atuais, oferecendo uma base para: o desenvolvimento de avaliações que sejam adequadas às diversas habilidades humanas (Gardner & Hatch, 1989; Blythe Gardner, 1 990) (b) uma educação centrada na criança c com currículos específicos para cada área do saber (Konhaber & Gardner, 1989); Blythe & Gardner, 1390) (c) um ambiente educacional mais amplo e variado, e que dependa menos do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica (Walters & Gardner, 1985; Blythe & Gardner, 1990)
Quanto à avaliação, Gardner faz uma distinção entre avaliação e testagem. A avaliação, segundo ele, favorece métodos de levantamento de informações durante atividades do dia-a-dia, enquanto que testagens geralmente acontecem fora do ambiente conhecido do indivíduo sendo testado. Segundo Gardner, é importante que se tire o maior proveito das habilidades individuais, auxiliando os estudantes a desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao invés de usar a avaliação apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar os alunos, esta deve ser usada para informar o aluno sobre a sua capacidade e informar o professor sobre o quanto está sendo aprendido.
Gardner sugere que a avaliação deve fazer jus à inteligência, isto é, deve dar crédito ao conteúdo da inteligência em teste. Se cada inteligência tem um certo número de processos específicos, esses processos têm que ser medidos com instrumento que permitam ver a inteligência em questão em funcionamento. Para Gardner, a avaliação deve ser ainda ecologicamente válida, isto é, ela deve ser feita em ambientes conhecidos e deve utilizar materiais conhecidos das crianças sendo avaliadas. Este autor também enfatiza a necessidade de avaliar as diferentes inteligências em termos de suas manifestações culturais e ocupações adultas específicas. Assim, a habilidade verbal, mesmo na pré-escola, ao invés de ser medida através de testes de vocabulário, definições ou semelhanças, deve ser avaliada em manifestações tais como a habilidade para contar histórias ou relatar acontecimentos. Ao invés de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente, deve-se observar as crianças durante uma atividade de desenho ou enquanto montam ou desmontam objetos. Finalmente, ele propõe a avaliação, ao invés de ser um produto do processo educativo, seja parte do processo educativo, e do currículo, informando a todo momento de que maneira o currículo deve se desenvolver.
No que se refere à educação centrada na criança, Gardner levanta dois pontos importantes que sugerem a necessidade da individualização. O primeiro diz respeito ao fato de que, se os indivíduos têm perfis cognitivos tão diferentes uns dos outros, as escolas deveriam, ao invés de oferecer uma educação padronizada, tentar garantir que cada um recebesse a educação que favorecesse o seu potencial individual. O segundo ponto levantado por Gardner é igualmente importante: enquanto na Idade Média um indivíduo podia pretender tomar posse de todo o saber universal, hoje em dia essa tarefa é totalmente impossível, sendo mesmo bastante difícil o domínio de um só campo do saber.
Assim, se há a necessidade de se limitar a ênfase e a variedade de conteúdos, que essa limitação seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil intelectual individual.
Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a atenção pare o fato de que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos pare a vida, a vida certamente não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. Ele propõe que as escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas; que encorajem seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais individuais, a partir da avaliação regular do potencial de cada um.
Referências Bibliográficas
1. Blythe, T.; Gardner, H. A school for all intelligences. Educational Leadership, v.47, n.7, p.33-7, 1990.
2. Gardner, H.; Giftedness: speculation from a biological perspective. In: Feldman, D.H. Developmental approaches to giftedness and creativity. São Francisco, 1982. p.47-60.
3. Gardner, H.Frames of mind. New York, Basic Books Inc., 1985.
4. Gardner, H. The mind's new science. New York, Basic Books Inc., 1987.
5. Gardner. H.;Hatcb, T. Multiple intelligences go to school: educational implications of the theory of Multiple Intelligences. Educational Researcher, v.18, n.8. p.4-10, 1989.
6. Kornhaber, M.L.; Gardner, H. Critical thinking across multiple intelligences. Trabalho apresentado durante a Conferência "The Curriculum Redefined. Paris, 1989.
7. Malkus, U.C.; Feldman, D.H.; Gardner, H. Dimensions of mind in early childhood. In: Pelegrini, A. (ed.)The psychological bases for early education Chichester, Wilev. 1988, p.25-38.
8. Walter,J.M.; Gardner, H. The theory of multiple intelligences: some issues and answers. In: Stemberg, RJ.; Wagner, R.K. (ed.) Pratical intelligence: nature and origins of competence in the every world.. Cambridge. Cambridge University Press, p.163-82© 1998 Trait Tecnologia Ltda. Associação de Pais de Crianças Superdotadas de Pernambuco

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Inteligência Emocional

Goleman definiu Inteligência Emocional como:
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998)

Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:
1.Auto Conhecimento Emocional - reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;
2.Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;
3.Auto Motivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;
4.Reconhecimento de Emoções em Outras Pessoas - reconhecer emoções no outro e empatia de sentimentos; e
5.Habilidade em Relacionamentos Inter-Pessoais - interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.

As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-pessoais.
Tanto quanto as primeiras são esseciais ao auto-conhecimento, estas últimas são importantes em:
1.Organização de Grupos - habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma cooperação espontânea.

2.Negociação de Soluções - característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.

3.Empatia - é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.

4.Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas

Características das Inteligências:

Inteligência Interpessoal: Relacionada com a comunicação e relacionamento com as pessoas

Comportamentos:
•Faz amigos com facilidade
•Gosta de jogos interativos
•Demonstra características de liderança

Formas de desenvolver a Inteligência:
•Prestar atenção na linguagem corporal das pessoas
•Jogar jogos que requerem expressões visuais
•Conversar com as pessoas

Atividades relacionadas:
- Político – Psicólogo - Palestrante

Personalidades famosas na área:
- Lula - Marcelo Tas

Inteligência Visual - Espacial: Relacionada com campo de visão e visualização mental de imagens
Comportamentos:
•Gosta de desenhar
•Monta quebra-cabeças com facilidade
•Usa mapas com facilidade

Formas de desenvolver a Inteligência:
•Desenhar coisas baseando-se apenas na memória;
•Ilustrar histórias;
•Montar um modelo de algum objeto ou lugar.

Atividades Relacionadas:
•Arquiteto
•Ilustrador
•Artesão

Personalidades famosas na área:
•Oscar Niemeyer
•Mauricio de Souza •Walt Disney.

Inteligência Corporal-Cinestésica: Relacionada com o conhecimento dos movimentos e habilidades do corpo

Comportamentos:
•Pratica esportes e atividades físicas em geral;
•Possui boa coordenação motora;
•Gesticula enquanto fala.

Formas de desenvolver a Inteligência:
•Dançar
•Praticar atividades físicas

Atividades relacionadas:
•Dançarino •Atleta •Ator

Personalidades famosas na área:
•Diego Hipólito •Pelé •Ana Botafogo

Inteligência Naturalista: Relacionada com a natureza, a flora e a fauna
Comportamentos:
•Gosta de animaizinhos;
•Sabe o nome de vários tipos de animais ou plantas;
•Cuida de plantas;
•Gosta de fazenda ou pescar;
•Separa o lixo orgânico do reciclável.

Formas de desenvolver:
•Passeios ao Zoo
•Fazer trilhas
•Plantar árvores

Atividades relacionadas:
•Veterinária •Biologia • Oceanografia •Agronomia

Personalidades famosas na área:
•Jaques Costeau •Beto Carrero •Charles Darwin

Inteligência Musical: Relacionada com sons e reconhecimento de ritmos

Comportamentos:
•Sabe tocar um instrumento ou cantar;
•Gosta de atividades que envolvam música ou ritmos;
•Distingue com facilidade diferentes tipos de música.

Formas de desenvolver a inteligência:
•Prestar atenção no ritmo de sons naturais;
•Tocar um instrumento;
•Acompanhar uma música cantando ou tocando; ao mesmo tempo que ouve

Atividades relacionadas:
• Compositor • Cantor • Crítico de música

Personalidades famosas na área:
•Eric Clapton • Mozart • Chico Buarque

Inteligência Lógica – Matemática: É relacionada com números, padrões e forma lógica de se pensar
Comportamentos:
•Gosta de responder perguntas;
•Gosta de colecionar coisas;
•Não gostam de perder tempo com atividades bobas.

Formas de desenvolver a inteligência:
•Jogar jogos que envolvam padrões;
•Resolver problemas matemáticos;
•Tentar prever o final de filmes ou histórias em geral.

Atividades relacionadas:
•Programador
•Contador
•Cientista


Personalidades famosas na área:
•Albert Einstein • Isaac Newton • Pitágoras

Inteligência Linguística: Esta relacionada com a língua escrita e falada

Comportamentos:
•Escreve ou conta histórias;
•Gosta de jogos com palavras;
•Fala bastante.

Formas de desenvolver a inteligência:
•Ler bastante;
•Falar em público;
•Escrever poemas ou histórias.

Atividades relacionadas:
•Escritor •Jornalista •Advogado
•Redator

Personalidades famosas na área:
• William Shakespeare • Machado de Assis
• Monteiro Lobato • Clarisse Lispector

Inteligência Intrapessoal: Relacionada com reflexões internas

Comportamentos:
•Gosta de atividades individuais;
•Segue seus instintos;
•Se sente desconfortável diante de multidões;

Formas de desenvolver a inteligência:
•Escrever um diário;
•Se concentrar nos seus sentimentos.

Atividades relacionadas:
•Político
•Religioso
•Professor

Personalidades famosas na área:
•Mahatma Gandhi • Papa João Paulo II • Prof° Pascoale.


OS EFEITOS DA PREPARAÇÃO EMOCIONAL

O que muda quando a criança tem pais preparadores emocionais? Através da observação e da análise detalhadas de palavras, atos e respostas emocionais das famílias ao longo do tempo, descobrimos um contraste verdadeiramente significativo. Crianças que tem preparo emocional são fisicamente mais saudáveis e apresentam melhor desempenho acadêmico do que as que não tem. Essas crianças se dão melhor com os amigos, tem menos problemas de comportamento e são menos propensas à violência. E o que é mais importante, tem menos sentimentos negativos e mais positivos. Em resumo, são mais saudáveis emocionalmente também.

Mas eis aí o resultado, para mim, mais surpeendente: as crianças com preparo emocional são mais maleáveis. Elas não deixam de ficar tristes, irritadas ou assustadas em circunstâncias difíceis, mas tem mais capacidade de se acalmar, sair da angústia e procurar atividades produtivas. Em outras palavras, são mais inteligentes emocionalmente.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Inteligência Emocional - Wikipédia

Goleman definiu inteligência emocional como:
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998)
Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.
Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:
1.Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;
2.Controle Emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;
3.Auto-Motivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;
4.Reconhecimento de emoções em outras pessoas - reconhecer emoções no outro e empatia de sentimentos; e
5.Habilidade em relacionamentos inter-pessoais - interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.
As três primeiras são habilidades intra-pessoais e as duas últimas, inter-pessoais. Tanto quanto as primeiras são esseciais ao auto-conhecimento, estas últimas são importantes em:
1.Organização de Grupos - habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma cooperação espontânea.
2.Negociação de Soluções - característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.
3.Empatia - é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.
4.Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas




Características das Inteligências:
Inteligência Interpessoal: Relacionada com a comunicação e relacionamento com as pessoas
Comportamentos:
•Faz amigos com facilidade
•Gosta de jogos interativos
•Demonstra características de liderança
Formas de desenvolver a inteligência:
•Prestar atenção na linguagem corporal das pessoas
•Jogar jogos que requerem expressões visuais
•Conversar com as pessoas
Atividades relacionadas:- Político – Psicólogo - Palestrante
Personalidades famosas na área: - Lula - Marcelo Tas

Inteligência Visual - Espacial: Relacionada com campo de visão e visualização mental de imagens
Comportamentos:
•Gosta de desenhar
•Monta quebra-cabeças com facilidade
•Usa mapas com facilidade
Formas de desenvolver a inteligência:
•Desenhar coisas baseando-se apenas na memória
•Ilustrar histórias
•Montar um modelo de algum objeto ou lugar
Atividades relacionadas:
•Arquiteto
•Ilustrador
•Artesão
Personalidades famosas na área: •Oscar Niemeyer •Mauricio de Souza •Walt Disney.

Inteligência Corporal-Cinestésica: Relacionada com o conhecimento dos movimentos e habilidades do corpo
Comportamentos:
•Pratica esportes e atividades físicas em geral
•Possui boa coordenação motora
•Gesticula enquanto fala
Formas de desenvolver a inteligência:
•Dançar
•Praticar atividades físicas
Atividades relacionadas: •Dançarino •Atleta •Ator
Personalidades famosas na área: •Diego Hipólito •Pelé •Ana Botafogo

Inteligência Naturalista: Relacionada com a natureza, a flora e a fauna
Comportamentos:
•Gosta de animaizinhos
•Sabe o nome de vários tipos de animais ou plantas
•Cuida de plantas
•Gosta de fazenda ou pescar
•Separa o lixo orgânico do reciclável
Formas de desenvolver:
•Passeios ao Zoo
•Fazer trilhas
•Plantar árvores
Atividades relacionadas: •Veterinária •Biologia • Oceanografia •Agronomia
Personalidades famosas na área: •Jaques Costeau •Beto Carrero •Charles Darwin



Inteligência Musical: Relacionada com sons e reconhecimento de ritmos
Comportamentos:
•Sabe tocar um instrumento ou cantar
•Gosta de atividades que envolvam música ou ritmos
•Distingue com facilidade diferentes tipos de música
Formas de desenvolver a inteligência:
•Prestar atenção no ritmo de sons naturais
•Tocar um instrumento
•Acompanhar uma música cantando ou tocando ao mesmo tempo que ouve
Atividades relacionadas: • Compositor • Cantor • Crítico de música
Personalidades famosas na área: •Eric Clapton • Mozart • Chico Buarque

Inteligência Lógica – Matemática: É relacionada com números, padrões e forma lógica de se pensar
Comportamentos:
•Gosta de responder perguntas
•Gosta de colecionar coisas
•Não gostam de perder tempo com atividades bobas
Formas de desenvolver a inteligência:
•Jogar jogos que envolvam padrões
•Resolver problemas matemáticos
•Tentar prever o final de filmes ou histórias em geral
Atividades relacionadas:
•Programador
•Contador
•Cientista
Personalidades famosas na área: •Albert Einstein • Isaac Newton • Pitágoras


•Inteligência Linguística: Esta relacionada com a língua escrita e falada
Comportamentos:
•Escreve ou conta histórias
•Gosta de jogos com palavras
•Fala bastante
Formas de desenvolver a inteligência:
•Ler bastante
•Falar em público
•Escrever poemas ou histórias
Atividades relacionadas:
•Escritor •Jornalista •Advogado
•Redator
Personalidades famosas na área: • William Shakespeare • Machado de Assis
• Monteiro Lobato • Clarisse Lispector

Inteligência Intrapessoal: Relacionada com reflexões internas
Comportamentos:
•Gosta de atividades individuais
•Segue seus instintos
•Se sente desconfortável diante de multidões
Formas de desenvolver a inteligência:
•Escrever um diário
•Se concentrar nos seus sentimentos
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Personalidades famosas na área: •Mahatma Gandhi • Papa João Paulo II • Prof° Pascoale

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Arte de Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância
1.
De acordo com o decreto Nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o artigo 80 da LDB ( lei de nº 9394/96) diz que:

“Educação a distancia é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo único – os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e dos diretrizes curriculares fixados nacionalmente.”
Alves (1994, p.9) compartilha em parte da opinião de Landim, ao defender a tese que a Educação a Distância iniciou com a invenção da imprensa, porque antes de Guttenberg "os livros, copiados manualmente, eram caríssimos e portanto inacessíveis à plebe, razão pela qual os mestres eram tratados como integrantes da Corte. Detinham o conhecimento, ou melhor, os documentos escritos, que eram desde o século V a.C. feitos pelos escribas." A evolução da ED mencionada por Moore e Kearsley (1996), identifica a existência de 3 gerações:
Tabela 2: As gerações de ensino a distância
Geração
Início
Características
1a.
até 1970
Estudo por correspondência, no qual o principal meio de comunicação eram materiais impressos, geralmente um guia de estudo, com tarefas ou outros exercícios enviados pelo correio.
2a.
1970
Surgem as primeiras Universidades Abertas, com design e implementação sistematizadas de cursos a distância, utilizando, além do material impresso, transmissões por televisão aberta, rádio e fitas de áudio e vídeo, com interação por telefone, satélite e TV a cabo.
3a.
1990
Esta geração é baseada em redes de conferência por computador e estações de trabalho multimídia.
Sendo que não há necessariamente a substituição de uma alternativa pela outra,o que acontece é que as novas alternativas vão incorporando e ajustando as anteriores e criando um novo modelo. Moore e Kearsley (1996, p. 19) mencionam que um grande percentual de cursos a distância ainda são conduzidos por correspondência.A terceira geração de cursos a distância está diretamente ligada ao uso do computador pessoal e da Internet, que viabiliza "mecanismos para os estudantes se comunicarem de forma síncrona (salas de chat) e assíncrona (grupos de discussão por e-mail e net meetings), segundo McIsaac e Ralston, (1997).Esta tecnologia viabiliza o tipo de interação social entre alunos e professores que supera a "distância social" bem como a "distância geográfica".

A educação à distância, aliada a novas tecnologias é hoje uma realidade educacional.
Para muitos estudiosos a EAD é uma grande oportunidade de qualificação profissional, sem que haja risco de redução na qualidade dos serviços oferecidos.
O ensino não presencial é uma forma de auto-estudo, facilitando geograficamente para a maioria dos alunos.
Para ocorrer a EAD é necessário a formação de uma equipe de profissionais qualificados para a montagem do projeto educacional, atender a dúvidas dos alunos, gerando uma forte relação entre: professores-tutores/alunos/equipe pedagógica.

A única educação relevante é a critica, porque é a única que está do lado de sujeitos históricos capazes de fazer história própria e solidária (Elliot e Filipeki 1996,pp. 263-272; Bartolome 1994, pp. 173-193).
Sabemos que o nosso maior atraso histórico não está na economia, reconhecida como já importante no mundo, mas na educação. Ou resolvemos isso, ou ficaremos para trás. (Pedro Demo).
É cada vez maior a convicção de que estaria na educação a estratégia mais efetiva para enfrentarmos a modernidade, sobretudo no sentido de uma cidadania plantada na competência humana de manejar bem o conhecimento moderno. (Demo 1995c). Para isso é necessário que o educando esteja preparado para ser um pesquisador, formar-se propedeuticamente, seja capaz de elaborar o seu conhecimento com a própria mão, não podemos esquecer que para haver educação/aprendizagem precisamos de uma triologia: ensino/pesquisa/conhecimento, para que ocorra esse processo é necessário que o aprendente, ou melhor, o sujeito da aprendizagem, seja capaz de aprender a aprender e para tal ele necessita de saber pensar, ele precisa ser capaz de saber que todo conhecimento científico é autoconhecimento, porque há interesse, gozo na produção do conhecimento; mas ao mesmo tempo, há sistematização, há transmissão, há compromisso com o que se sabe, há conservação das experiências passadas, entra aí, a importância de se refletir as possibilidades da “ notável relevância e complexidade do papel do tutor nos programas de Educação a Distância , demonstra a necessidade de um perfil profissional com habilidades e competências quase paradigmáticas. Espera-se que o tutor, além de possuir domínio da política educativa da instituição onde está inserido e conhecimento atualizado das disciplinas sob sua responsabilidade exerça uma sedução pedagógica adequada no processo educativo.(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
O educador contém modalidades diversas, especialmente a de professor/tutor. O educador não tem uma tarefa única profissional; as suas funções básicas estão ligadas intrinsecamente entre: O – agir , acionando fins, valores e objetivos e o Fazer, modificando o homem concreto, que não tem que refazer as coisas como substâncias externas apenas, mas tem que refazer as coisas e as circunstâncias apropriadas pela práxis do sujeito... O professor tem uma profissão: um saber fazer (ensino e pesquisa correlatos à produção, distribuição e consumo, igualmente ao conteúdo e a forma ou método, no plano material) e um agir implícito e secundário em diferentes áreas do conhecimento” (Mendes – Subsídios para a concepção do educador p.1).
No modelo tradicional de ensino, com a presença viva dos professores o carisma acentuado de alguns, reduz o desprazer e dificuldade encontrada por alunos menos empolgados na aquisição do saber... .(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
Distingo o professor e o mestre e, nesse caso, pode-se estabelecer analogia entre o mestre e o educador ou o filósofo. Nestes, o ser e o fazer se fundem num opus (denso,”molecular” e multidimensional) percorrido pelo seu trabalho de experiência e de reflexão, e não em tarefas fixadas no tempo e no espaço... o professor, o educador, o tutor, atravessam a espessura do contingente e do cotidiano para superar depois a realidade constituída” (Dermeval Trigueiro Mendes pp. 1 e 2).

No cenário da educação à distância o papel do tutor extrapola os limites conceituais, impostos na sua nomenclatura, já que ele, em sua missão precípua, é educador como os demais envolvidos no processo de gestão, acompanhamento e avaliação dos programas...( .(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
O texto de Mathias Gonzalez aborda que é fundamental o tutor auxiliar os alunos nas atividades promovendo e provocando a intercomunicação, e o raciocínio crítico.Segundo José Manuel Moran (especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância). É importante educar para a autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, é importante educar para cooperação, para aprender em grupo, para intercambiar idéias, participar de projetos, realizar pesquisas em conjunto."É importante sermos professores-educadores, com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo processo de organização da aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e comunicação
Continuemos assim: Mestre, professor, educador, tutor, têm como função precípua de estimular, incentivar, promover, suscitar o pensamento, a cultura, exigindo assim uma postura mais agressiva, que significa a necessidade constante de atualização, domínio do conhecimento científico, capacidade de produção tecnológica, importância de investir no saber, enfrentar o novo, com clareza que o novo é o que está para ser feito, para ser produzido e não o que está somente para ser comunicado.

Fica claro que o professor/tutor precisa promover o pensamento, o conhecimento científico, o saber técnico, ajudando na produção do conhecimento e não apenas na transmissão do mesmo. Partimos do pressuposto que ninguém ensina aquilo que não sabe, ou seja, de que a atividade da pesquisa se constitui uma necessidade intrínseca ao ato de ensinar; “estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo” (LDB) é função do professor de ensino superior.
A imbricação entre ensino e pesquisa se torna um pré-requisito para a educação de qualidade, tendo uma participação efetiva do professor/tutor, onde o mesmo deve ajudar os alunos a conhecerem as suas possibilidades de aprender, orientar suas dificuldades, indicar métodos de estudo e atividades que os levem a aprender a aprender, de forma autônoma e independente. A aprendizagem é uma forma de conhecimento humano – relação cognitiva entre o aluno e matéria de estudo – desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino. O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem. A aprendizagem efetiva acontece quando pela influência do professor/tutor, são mobilizadas as atividades física e mental. É o que denominamos de processo de assimilação ativa.

A relação pedagógica conclama a uma construção cotidiana. Sozinho, o aprendiz caminha vacilante, perdendo o rumo desejado. Nisso o tutor pode ampará-lo, conduzi-lo e encaminhá-lo. À medida que o processo de aprendizagem de efetiva, a relação do aluno com o tutor, muda se aprofunda, estreitando o laço afetivo, propiciando a permeabilidade educativa, uma vez que a educação deve ser vista sempre uma prática social ligada á formação de valores e práticas do indivíduo para a vida social, em possibilidade de ir em direção a uma maior autonomia, lberdade e diferenciação. Um caminho e alternativa para a consecução de sua missão educativa encontrada elo tutor é a sedução. (texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).

No início dos anos 60 surgiram os movimentos de educação de adultos que geraram idéias pedagógicas e práticas de educação, configurando a tendência que veio ser denominada Pedagogia Libertadora – o professor tem como tarefa orientar a aprendizagem dos alunos. A atividade é centrada na discussão de temas sociais e políticos, onde professor e alunos analisam problemas e realidades do meio sócio-econômico e cultural da comunidade local. A aprendizagem é centrada na participação ativa, na pesquisa, na pesquisa, trabalho em grupo ou individual, consolidando o conhecimento. É uma didática que busca desenvolver o processo educativo de participação ativa e por isso o professor é coordenador ou animador das atividades que se organizam.

A pergunta feita é: É possível afirmar que a "pedagogia" de Paulo Freire pode contribuir para o entendimento e para o desenvolvimento da Educação a Distância?
E a resposta objetiva é: SIM.
Sim, é possível verificar traços do que Paulo Freire nos ensinou (e seus escritos continuam a nos ensinar!!!) nesta modalidade de ensino que, a cada dia que passa, mais e mais merece destaque nas manchetes dos jornais, nas Instituições de Ensino de todos os níveis e nas vidas das pessoas das mais diversas esferas sociais.
Se é possível responder com apenas uma palavra e sermos enfáticos ao afirmar que os ensinamentos de Paulo Freire contribuem para esta modalidade de ensino, a justificativa para isso exige uma reflexão um pouco mais aprofundada, para que a leviandade de uma resposta rápida e curta não possa ser imputada a este tema tão sério e de tão grande relevância para a área da educação em todo o mundo.
Num país com tantas desigualdades sociais como o Brasil, em que tantas pessoas são analfabetas de fato e há outros tantos cidadãos analfabetos funcionais, quem trabalha com educação tem um vasto campo para atuar.
Além disso, sabe-se que, cada vez mais, temos que continuar aprendendo... é o aprender a aprender que tem que ser ensinado.
O bom mestre não apenas faz com que seus alunos decorem regras e mais regras, para reproduzi-las em provas e trabalhos, mas ensiná-os a procurar e, o mais importante, a encontrar respostas a perguntas que a eles sejam feitas em qualquer época, local ou situação.
A Educação a Distância atualmente tem recebido grande destaque e popularidade, porém, não é uma modalidade de ensino que tenha surgido recentemente, nem é um modismo. Ela apenas ressurgiu com muita força devido aos grandes avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas.
Além disso, o uso da tecnologia é um imperativo ético tanto para o professor, para que esse possa continuar a sua própria capacitação, como para o aluno, para que esse não seja excluído. A tecnologia pode derrubar muros, transformar as aulas em comunidades de trabalho e construir uma nova sociedade.
Ninguém educa ninguém,ninguém educa a si mesmo,os homens se educam entre si,mediatizados pelo mundo.
Paulo Freire

No Século XXI, temos vida e trabalho mediados pela tecnologia. Devemos, portanto, aprender a usá-la crítica e criativamente.
Mesmo aqueles que só trabalham com a modalidade de ensino presencial deverão dominar a tecnologia de Educação a Distância, pois essa servirá de enriquecimento àquela.
A Educação a Distância é vista como uma solução viável às restrições em atender a crescente demanda por educação dos atuais sistemas de ensino presencial, além de ter uma grande importância como agente democratizador da educação na nova era, a chamada sociedade do conhecimento.
Mas voltando ao “SIM”, escolhemos três categorias de análise para justificar a resposta dada, são elas: diálogo, participação e autonomia.
Estas três categorias estão presentes tanto na obra de Paulo Freire, como nos ensinamentos do Prof. Dr. Otto Peters, fundador e primeiro reitor da FernUniversität de Hagen, Alemanha.
A Educação a Distância é pensada como uma modalidade que precisa romper com as lógicas que permeiam a aprendizagem no ensino presencial, por meio da incorporação de uma característica comunicacional chave para esse processo: a interatividade e esta interatividade pode, também, ser chamada de diálogo: diálogo entre todos os atores envolvidos nos cursos a distância (aluno, professor, tutor, monitor).
O diálogo acontece, também, nos inúmeros eventos e reuniões que abordam este tema e que têm contado com pesquisadores de diversas regiões do Brasil e do mundo. Nestas ocasiões, as pessoas têm espaço para expressar seus pensamentos e opiniões, seus anseios e projetos.
Além disso, há o diálogo também na construção da legislação brasileira de educação à distância. O mais recente exemplo é a trajetória do Decreto 5622 de 2005, que, antes de ser publicado, circulou pelas caixas postais da comunidade interessada no assunto e recebeu sugestões antes de ser aprovado e entrar em vigor.
Com a concepção Diálogo, PETERS (2001) refere-se à interação lingüística direta e indireta entre docentes e discentes, portanto, refere-se ao diálogo que de fato acontece.
Para MOORE (1993), apud PETERS (2001),
Um diálogo é direcionado, construtivo e é apreciado pelos participantes. Cada uma das partes presta respeitosa e interessada atenção ao que o outro tem a dizer. Cada uma das partes contribui com algo para seu desenvolvimento e se refere às contribuições do outro partido. Podem ocorrer interações negativas e neutras. O termo diálogo, no entanto, sempre se reporta a interações positivas. Dá-se importância a uma solução conjunta do problema discutido, desejando chegar a uma compreensão mais profunda dos estudantes.[1]

Dessa forma, essa concepção está comprometida com a pedagogia humanista, onde o diálogo de pessoa para pessoa tem importância central, desde que transcorra sem estruturas e sem fim predeterminados.
A aprendizagem dialogal exige dos estudantes parceria, respeito, calor humano, consideração, compreensão empática, sinceridade e autenticidade.
O diálogo tem uma importância muito grande no ensino e na aprendizagem na Educação a Distância.
Destacando tal relevância, PETERS detém-se no estudo detalhado dessa concepção, fazendo análises dos seguintes aspectos: didático-científico, didático-universitário, didático-teleducativo, pedagógico, filosófico, antropológico, sociológico, e faz um balanço intermediário sobre o diálogo.[2]
Este diálogo faz com que a segunda categoria apareça, isto é, a participação. É através do diálogo entre os diversos atores envolvidos com a Educação a Distância e entre os participantes de cursos nesta modalidade de ensino que a participação acontece.
E esta participação ocorre em função da terceira categoria de análise, que é a autonomia, isto é, em curso a distância, ninguém obriga ninguém a nada. Se o estudante não tem iniciativa e autonomia de estudo, ele não acessa as páginas do curso que escolheu, aliás, ele nem escolhe o curso.
Segundo PETERS, (2001),
O conceito “autonomia” desempenhou papel importante na pedagogia alemã, porque foi relacionada tradicionalmente à questão da pedagogia em sua fase de emancipação em relação às demais ciências.[3]




No Século XXI, temos vida e trabalho mediados pela tecnologia. Devemos, portanto, aprender a usá-la crítica e criativamente.
EAD e Formação de ProfessoresRose Aparecida Colognese Rech*
Seja presencial ou à distância, a formação de professores é uma questão bastante discutida e pesquisada atualmente, principalmente no que se refere à construção do conhecimento docente. Neste sentido, autores como Alves (1998), Marques (2003), Nóvoa (1992), Tardif (2002) vêm defendo a idéia de que a formação do professor se dá em múltiplas esferas e é constituída por vários saberes. Levar em consideração estes princípios, na concepção destes autores, implica reconhecer que não existe um momento estanque de formação, mas que ela vai sendo construída e reconstruída durante toda a trajetória profissional e também pessoal do professor.
Nesta perspectiva, estamos diante da construção de um novo paradigma na formação de professores, que visa superar o modelo tradicional positivista de educação. Assim, Neder In Preti (2005) aponta a educação a distância como “uma possibilidade de (re)significação paradigmática no contexto do processo de formação de professores”, pois esta modalidade favorece a interação entre os sujeitos, propiciando o diálogo, a troca, a construção coletiva, na qual o professor assume um novo papel no processo de ensino-aprendizagem, não somente de transmissor de conhecimentos, mas assume juntamente com os alunos uma posição de parceria. Dessa forma, a autonomia do aluno é um dos ideais educativos, pois ele é estimulado, instigado a buscar, exigindo assim, um grande comprometimento com a construção do conhecimento.
Estas questões que a autora nos remete, acerca da construção de um novo paradigma, parecem estar diretamente ligadas ao modelo “Aprender a aprender, aprendendo”, sustentado por Paulo Freire. O autor considera que a verdadeira construção do conhecimento se dá através de uma troca, de uma relação dialógica, ou seja, acontece através das relações com os outros e com o mundo.
A EAD, como vimos, pode contribuir para um processo mais flexível e autônomo, porém, Preti (2005) alerta para que isto não fique apenas nas práticas discursivas das instituições. O autor fala, ainda, do equívoco conceitual ao se utilizar o termo “autonomia” como sinônimo de autodidatismo, capacidade de a pessoa estudar por conta própria. Segundo ele, só esta característica não basta para garantir a autonomia.
”Em nosso entender, isso não é suficiente. Tem de ser levado em conta o contexto histórico-cultural em que ocorrem esses processos formativos, para se compreender as limitações e as possibilidades de práticas pedagógicas como colaboradoras no processo de construção da autonomia do aluno, em suas diferentes dimensões e não somente limitada à aprendizagem autônoma, ao estudo independente” (PRETI, 2005, p.129).
Para este autor, é possível organizar um sistema de apoio ao estudante e um ambiente pedagógico que favoreça sua caminhada coletiva e individual no curso, através de recursos humanos, de sistemas de avaliação e de acompanhamento, apoiados em abordagens interacionistas.
Peters, assim como faz na primeira concepção apresentada, a saber, diálogo, detém-se nessa concepção apresentando o termo autonomia nas dimensões filosófica, pedagógica e didática, devido a sua profundidade, abrangência e por o mesmo “estar ancorado multidimensionalmente em nosso pensamento”[4].
Para PETERS (2001), “o estudo autônomo desempenha papel importante na educação de adultos e nas educações complementares”[5].
A autonomia contrapõe-se ao ensino programado, por este ser totalmente estruturado e não admitir obviamente a autonomia do estudante.
Certo é que a valorização ou o emprego de uma categoria em detrimento das outras traz resultados negativos, ou seja, o ideal é haver o equilíbrio no uso delas.

A educadora Marly Meira, que possui uma longa trajetória dentro da arte-educação. Demonstra com a sua visão humanista, a necessidade de atualização e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, seduzindo intencionalmente o aprendiz na direção do saber libertador (.(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).

O trabalho do professor/tutor deve estar embasado nos seguintes objetivos:
· Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científico;
· Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam, capacidades, competências e habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e trabalho intelectual, visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência do pensar;
· Suscitar no aluno o espírito crítico, criativo onde desenvolvam o aprender, a pesquisa, o senso de responsabilidade, a dedicação ao estudo, a ética, a força de vontade, a formação de atitudes e convicção frente a reelaboração desses objetos do conhecimento.

O conhecimento recém adquirido só se transforma em sabedoria quando é posto em prática. No momento em que o indivíduo o utiliza até sem pensar, pelo hábito, alcança a sabedoria. O verdadeiro saber é aquele que aparece automaticamente, no cotidiano, aumentando a eficiência e o prazer de viver. Quanto mais uma pessoa sabe, mais descobre existir algo que ela gostaria de saber. Portanto a sabedoria é um contínuo aprender. Além de ter o prazer de saber, quem sabe tem um poder natural sobre quem não sabe. ( Içami Tiba – Ensinar Aprendendo p. 41)

O professor/tutor precisa ser eterno aprendiz, saber que quanto mais estuda, pesquisa, mais seus alunos sabem, mais são capazes de aprender a aprender.

E assim,
Esses sábios professores
Transformam o Saber
Em Sabor e Alegria de Viver.

Içami Tiba – Ensinar Aprendendo




Referência Bibliográfica:

Alves, Nilda; Villardi, Raquel . Múltiplas Leituras da Nova LDB. Editora Dunya, 1997.

Demo, Pedro. A Nova LDB, Ranços e Avanços. Campinas, São Paulo:Papirus, 1997.
FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler em três artigos que se completam. 18ª ed. São Paulo : Cortez, 1987.
______. Cartas a Cristina. Reflexões sobre minha vida e minha práxis. 2ª ed. rev. São Paulo : UNESP, 2003.
______. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 18ª ed. São Paulo : Paz e Terra, 2001.
______. Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 7ª ed. São Paulo : Paz e Terra, 2000.
______. Pedagogia da Indignação. Cartas Pedagógicas e outros escritos. São Paulo : UNESP, 2000.
______. Pedagogia do Oprimido. 30ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

Libâneo, Carlos, Carlos.Práticas Educativas, Pedagogia e Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

Macedo, Lino. Ensaios Construtivistas. Casa do Psicólogo.

Tiba, Içami.Ensinar Aprendendo. São Paulo: Editora Gente,1998.

Professora: Abigail Goes

Alunos:
Cristina Cury
Cristiano Oliveira
Jaqueline Custódio
João
Maria Luiza de Aguiar Mattos
Rosmara Miranda da Silva


PETERS, Otto. Didática do Experiências e estágio da discussão numa visão internacional. Tradução de Ilson Kayser. São Leopoldo : Unisinos, 2001. p. 73.
[1] Idem. p. 76 – 85.
[1] Idem. p. 93.



[4] Idem. p. 94.
[5] Idem. p. 103.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Referência Bibliográfica do Trabalho sobre o texto Arte da Sedução pedagógica na Tutoria em educação a Distância:
Alves, Nilda; Villardi, Raquel - Múltiplas Leituras da Novas LDB editora Dunia, 1997
Demo, Pedro- A Nova LDB - Ranços e Avanços, Campinas, São Paulo, editora Papirus, 1997;
Libâneo, Carlos, josé - Práticas Educativas - Pedagogia e Didática; editora Cortez, São Paulo, 1990;
Tiba, Içami - ensinar Aprendendo, editora Gente, São Paulo, 1998;
Macedo, de Lino - Ensaios Construtivista, editora Casa do Psicólogo;
Hoffmann, Jussara - Avaliação Mediadora - Uma prática em construção da pré escola á universidade,editora Mediação, Porto Alegre, 2001
Atividade:

Inovação e Complementação:

· Ler o texto A Arte de Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância;
· Utilizar o texto como ponto de partida para:
- Acrescentar novas idéias.
- Procurar enriquecê-lo; e, deste modo,
- Abrir caminhos para novas interpretações do assunto.
· Elaborar uma apresentação no Power Point;
· Postar a apresentação nos blogs dos alunos do grupo.


De acordo com o decreto Nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o artigo 80 da LDB ( lei de nº 9394/96) diz que:

“Educação a distancia é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo único – os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e dos diretrizes curriculares fixados nacionalmente.”


A educação à distância, aliada a novas tecnologias é hoje uma realidade educacional.
Para muitos estudiosos a EAD é uma grande oportunidade de qualificação profissional, sem que haja risco de redução na qualidade dos serviços oferecidos.
O ensino não presencial é uma forma de auto-estudo, facilitando geograficamente para a maioria dos alunos.
Para ocorrer a EAD é necessário a formação de uma equipe de profissionais qualificados para a montagem do projeto educacional, atender a dúvidas dos alunos, gerando uma forte relação entre: professores-tutores/alunos/equipe pedagógica.

A única educação relevante é a critica, porque é a única que está do lado de sujeitos históricos capazes de fazer história própria e solidária (Elliot e Filipeki 1996,pp. 263-272; Bartolome 1994, pp. 173-193).
Sabemos que o nosso maior atraso histórico não está na economia, reconhecida como já importante no mundo, mas na educação. Ou resolvemos isso, ou ficaremos para trás. (Pedro Demo).
É cada vez maior a convicção de que estaria na educação a estratégia mais efetiva para enfrentarmos a modernidade, sobretudo no sentido de uma cidadania plantada na competência humana de manejar bem o conhecimento moderno. (Demo 1995c). Para isso é necessário que o educando esteja preparado para ser um pesquisador, formar-se propedeuticamente, seja capaz de elaborar o seu conhecimento com a própria mão, não podemos esquecer que para haver educação/aprendizagem precisamos de uma triologia: ensino/pesquisa/conhecimento, para que ocorra esse processo é necessário que o aprendente, ou melhor, o sujeito da aprendizagem, seja capaz de aprender a aprender e para tal ele necessita de saber pensar, ele precisa ser capaz de saber que todo conhecimento científico é autoconhecimento, porque há interesse, gozo na produção do conhecimento; mas ao mesmo tempo, há sistematização, há transmissão, há compromisso com o que se sabe, há conservação das experiências passadas, entra aí, a importância de se refletir as possibilidades da “ notável relevância e complexidade do papel do tutor nos programas de Educação a Distância , demonstra a necessidade de um perfil profissional com habilidades e competências quase paradigmáticas. Espera-se que o tutor, além de possuir domínio da política educativa da instituição onde está inserido e conhecimento atualizado das disciplinas sob sua responsabilidade exerça uma sedução pedagógica adequada no processo educativo.(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
O educador contém modalidades diversas, especialmente a de professor/tutor. O educador não tem uma tarefa única profissional; as suas funções básicas estão ligadas intrinsecamente entre: O – agir , acionando fins, valores e objetivos e o Fazer, modificando o homem concreto, que não tem que refazer as coisas como substâncias externas apenas, mas tem que refazer as coisas e as circunstâncias apropriadas pela práxis do sujeito... O professor tem uma profissão: um saber fazer (ensino e pesquisa correlatos à produção, distribuição e consumo, igualmente ao conteúdo e a forma ou método, no plano material) e um agir implícito e secundário em diferentes áreas do conhecimento” (Mendes – Subsídios para a concepção do educador p.1).
No modelo tradicional de ensino, com a presença viva dos professores o carisma acentuado de alguns, reduz o desprazer e dificuldade encontrada por alunos menos empolgados na aquisição do saber... .(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
Distingo o professor e o mestre e, nesse caso, pode-se estabelecer analogia entre o mestre e o educador ou o filósofo. Nestes, o ser e o fazer se fundem num opus (denso,”molecular” e multidimensional) percorrido pelo seu trabalho de experiência e de reflexão, e não em tarefas fixadas no tempo e no espaço... o professor, o educador, o tutor, atravessam a espessura do contingente e do cotidiano para superar depois a realidade constituída” (Dermeval Trigueiro Mendes pp. 1 e 2).
No cenário da educação à distância o papel do tutor extrapola os limites conceituais, impostos na sua nomenclatura, já que ele, em sua missão precípua, é educador como os demais envolvidos no processo de gestão, acompanhamento e avaliação dos programas...( .(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
Continuemos assim: Mestre, professor, educador, tutor, têm como função precípua de estimular, incentivar, promover, suscitar o pensamento, a cultura, exigindo assim uma postura mais agressiva, que significa a necessidade constante de atualização, domínio do conhecimento científico, capacidade de produção tecnológica, importância de investir no saber, enfrentar o novo, com clareza que o novo é o que está para ser feito, para ser produzido e não o que está somente para ser comunicado.
Fica claro que o professor/tutor precisa promover o pensamento, o conhecimento científico, o saber técnico, ajudando na produção do conhecimento e não apenas na transmissão do mesmo. Partimos do pressuposto que ninguém ensina aquilo que não sabe, ou seja, de que a atividade da pesquisa se constitui uma necessidade intrínseca ao ato de ensinar; “estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo” (LDB) é função do professor de ensino superior.
A imbricação entre ensino e pesquisa se torna um pré-requisito para a educação de qualidade, tendo uma participação efetiva do professor/tutor, onde o mesmo deve ajudar os alunos a conhecerem as suas possibilidades de aprender, orientar suas dificuldades, indicar métodos de estudo e atividades que os levem a aprender a aprender, de forma autônoma e independente. A aprendizagem é uma forma de conhecimento humano – relação cognitiva entre o aluno e matéria de estudo – desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino. O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem. A aprendizagem efetiva acontece quando pela influência do professor/tutor, são mobilizadas as atividades física e mental. É o que denominamos de processo de assimilação ativa.
A relação pedagógica conclama a uma construção cotidiana. Sozinho, o aprendiz caminha vacilante, perdendo o rumo desejado. Nisso o tutor pode ampará-lo, conduzi-lo e encaminhá-lo. Àmidida que o processo de aprendizagem de efetiva, a relação do aluno com o tutor, muda se aprofunda, estreitando o laço afetivo, propiciando a permeabilidade educativa, uma vez que a educaçãoi deve ser vista sempre uma prática social ligada á formação de valores e práticas do indivíduo para a vida social, em possibilidade de ir em direção a uma maior autonomia, lberdade e diferenciação. Um caminho e alternativa para a consecução de sua missão educativa encontrada elo tutor é a sedução. (texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).
No início dos anos 60 surgiram os movimentos de educação de adultos que geraram idéias pedagógicas e práticas de educação, configurando a tendência que veio ser denominada Pedagogia Libertadora – o professor tem como tarefa orientar a aprendizagem dos alunos. A atividade é centrada na discussão de temas sociais e políticos, onde professor e alunos analisam problemas e realidades do meio sócio-econômico e cultural da comunidade local. A aprendizagem é centrada na participação ativa, na pesquisa, na pesquisa, trabalho em grupo ou individual, consolidando o conhecimento. É uma didática que busca desenvolver o processo educativo de participação ativa e por isso o professor é coordenador ou animador das atividades que se organizam.
A educadora Marly Meira, que possui uma longa trajetória dentro da arte-educação. Demonstra com a sua visão humanista, a necessidade de atualização e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas, seduzindo intencionalmente o aprendiz na direção do saber libertador (.(texto a Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância – Mathias Gonzáles).

O trabalho do professor/tutor deve estar embasado nos seguintes objetivos:
· Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científicos;
· Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam, capacidades, competências e habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e trabalho intelectual, visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência do pensar;
· Suscitar no aluno o espírito crítico, criativo onde desenvolvam o aprender, a pesquisa, o senso de responsabilidade, a dedicação ao estudo, a ética, a força de vontade, a formação de atitudes e convicção frente a reelaboração desses objetos do conhecimento.

O conhecimento recém adquirido só se transforma em sabedoria quando é posto em prática. No momento em que o indivíduo o utiliza até sem pensar, pelo hábito, alcança a sabedoria. O verdadeiro saber é aquele que aparece automaticamente, no cotidiano, aumentando a eficiência e o prazer de viver. Quanto mais uma pessoa sabe, mais descobre existir algo que ela gostaria de saber. Portanto a sabedoria é um contínuo aprender. Além de ter o prazer de saber, quem sabe tem um poder natural sobre quem não sabe. ( Içami Tiba – Ensinar Aprendendo p. 41)

O professor/tutor precisa ser eterno aprendiz, saber que quanto mais estuda, pesquisa, mais seus alunos sabem, mais são capazes de aprender a aprender.

E assim,
Esses sábios professores
Transformam o Saber
Em Sabor e Alegria de Viver. (Içami Tiba – Ensinar Aprendendo)



Cristina Cury
Cristiano
Jaqueline Custódio
João
Maria Luiza de Aguiar Mattos
Rosmara Miranda da Silva